LBV palestra em workshop sobre iniciativas inovadoras em educação na ONU
Somente uma educação de qualidade focada no desenvolvimento holístico dos indivíduos tem o poder de quebrar o ciclo de pobreza e preconceito sofrido por mulheres e meninas.
Meninas com idade de 10 anos têm a sua frente possibilidades ilimitadas ou, ao mesmo tempo, várias limitações caso elas estejam a parte do mundo onde não obtenham a orientação e o apoio necessário para fazer a diferença em seu futuro. Recentemente, o Fundo das Nações Unidas Para a População publicou um estudo intitulado "I'm 10!" (Eu tenho 10 anos), como parte da "Situaçao de População Mundial". O trabalho mostrou que intestimentos feitos em favor de meninas com até 100 anos de idade podem, além de triplicar a renda vitalícia delas, aumentar o crescimento econômico de uma nação.
Alinhada com essa ideia, a LBV compartilhou sua experiência como uma organização que presta serviços sociais e educacionais para as comunidades de baixa-renda, durante a 61ª sessão da Comissão sobre o Status da Mulher (CSW61), no painel "Iniciativas Inovadoras em Educação para Empoderamento de Mulheres e Meninas" (organizado pelo Comitê de ONGs sobre Educação, Aprendizagem e Alfabetização na ONU). Na oportunidade, o representante da LBV nas Nações Unidas, Danilo Parmegiani, destacou que a educação pode não só dar melhores oportunidades para as mulheres e meninas, como também capacitá-las para se tornarem líderes no futuro, promovendo o desenvolvimento sustentável em suas comunidades.
Consciente do impacto da globalização, da conservação ambiental, do desenvolvimento sustentável e do crescimento demográfico, bem como da atual revolução tecnológica mundial, a LBV destacou a educação das gerações futuras com foco nas necessidades humanas fundamentais, que incluem dimensões sociais, psicológicas, biológicas e espirituais.
A abordagem educativa inovadora criada pelo presidente da LBV, Paiva Netto, que também é educador, concentra-se no desenvolvimento além do intelecto. "Este método foi denominado ‘Pedagogia da Boa Vontade’, composto pela Pedagogia do Afeto (para crianças de até 10 anos de idade) e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico (para crianças acima dos 11 anos). Este modelo baseia-se num modelo de Educação com Espiritualidade Ecumênica, que abraçavalores presentes em diferentes culturas e religiões, aliando cérebro (o intelecto) com o coraçao (bons sentimentos), para que possamos viver numa sociedade mais justa, misericordiosa, ética, sustentável, altruista e solidária.
O diferencial da LBV é aplicado por meio de seus programas diversos em quatro principais áreas: bem-estar social, eduação básica, qualifcaçao para o trabalho e marketing social.
O bem-estar social está relacionado ao acesso de pessoas que vivem em extrema pobreza a serviços essenciais, como nutrição adequada, água, abrigo, higiene, vestuário, material escolar e outras áreas, em parceria com autoridades locais. Este programa abrange todas as idades, desde os bebês recém-nascidos aos idosos.
A educação básica é voltada principalmente para crianças com mães que trabalham, oferecendo cuidados infantis gratuitos, por meio de uma rede composta por escolas e centros educacionais que oferecem programas durante todo o dia ou no contra-turno escolar. O compromisso estabelecido com crianças e suas famílias visa uma educação de qualidade, que vai além de preparar os profissionais para o mercado de trabalho, mas também desenvolver neles empatia para com os seus companheiros. Isso irá ajudá-los a escolher uma carreira não só por razões financeiras, mas também pelo impacto que eles poderiam fazer em suas comunidades e do mundo.
A qualifcaçao para o trabalho em nossos centros comunitários é destinada especialmente às mulheres em situação de ulnerabilidade social, oferecendo várias opções de cursos e treinamento, focados nas demandas locais. Além disso, conversas motivacionais, orientação profissional, guia vocacional, além de feiras de emprego e aconselhamento também são realizados nesses locais.
O marketing social é desenvolvio através de una ampla rede de comunicação fromada por emissoras de TV e rádio, internet e publicações que geram conteúdo para aumentar a conscientização sobre a igualdade de gênero. A maioria dos colaboradores internos são ex-alunos de nossas escolas que estão empenhados em promover mensagens de valorização das mulheres e seus desafios.
Em seu artigo “Solidariedade: a razão e o coração da Economia”, o Diretor-Presidente da LBV, Paiva Netto, destaca que “A sabedoria das mulheres não pode ser desprezada, principalmente quando o assunto é a administração dos bens planetários.”
Nossa organização acredita que quando damos às mulheres voz e acesso à oportunidades, que as farão crescer e participar de decisões sociais, estamos ajudando a mudar a lacuna cultural que dificulta a igualdade de direitos na sociedade. Não se trata apenas de um movimento justo, mas também inteligente.